segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou uma resolução em que expressa inquietação por a sociedade subestimar o número de suicídios de adolescentes, entre os 11 e os 24 anos, que afecta anualmente dezenas de milhar de jovens. A resolução, aprovada por unanimidade de 29 votos, destaca a influência da violência física, psíquica e económica, assim como a discriminação religiosa, étnica ou sexual, que pode levar um adolescente a tomar essa decisão. Segundo o relatório, intitulado “O suicídio de crianças e adolescentes na Europa: um grave problema de saúde pública” debatido pelo Plenário, 15 por cento de adolescentes que fizeram uma tentativa de suicídio são reincidentes e 75 por cento não são hospitalizados.
Incompreensão e falta de diálogo
O texto também manifestam a sua preocupação com a “taxa particularmente mais elevada de suicídio de jovens lésbicas, homossexuais, bissexuais e transexuais”  face à constatada entre os restantes jovens. A Assembleia incide no perigo que representa uma “má utilização da Internet”, onde se encontram espaços que fazem a apologia do suicídio. Para prevenir esta situação, os 47 Estados membros foram convidados a converter este assunto numa prioridade política, prevenindo a violência e intimidação escolar, convertendo o suicídio numa disciplina de estudo e a combater o abuso de estupefacientes e álcool entre os menores. O suicídio de raparigas costuma estar relacionado com uma violação, abusos sexuais ou a ruptura de uma relação e advertiu os pais “que não querem falar do tema e ocultam as circunstâncias” em que ocorre o suicídio.

1 Milhão

Um número superior a um milhão de pessoas comete suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no Mundo.

16 Países

O enforcamento é o método de suicídio mais utilizado em 16 países europeus, incluindo Portugal, representando quase metade do total de casos.

10 A 20 milhões

Há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o Mundo.


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